Rei Édipo - 19 de Março de 2010



Escrita por Sófocles por volta de 427 a.C., Rei Édipo foi considerada por Aristóteles o mais perfeito exemplo de tragédia.
No mito de Édipo, confrontamo-nos com as nossas perguntas sobre a identidade do poder, a ascensão e queda dos vitoriosos, a incerteza da vida, a relação entre o público e o privado, o desígnio do destino em oposição ao livre arbítrio.
Jorge Silva Melo apresenta uma nova versão desta tragédia que é uma das peças mais adaptadas e interpretadas em todo o mundo.

A peste atinge a cidade. E o Rei Édipo quer saber porquê. Juntam-se as gentes à porta do palácio. E o Rei vem ter com a multidão e diz:
"Nas ruas,
há gemidos, cantos fúnebres, lamentos.
Mas chora o quê a nossa cidade?
Que esperais?"


De pergunta em pergunta, de resposta em resposta, os enigmas vão caindo. Édipo quer saber. Quer saber que maldição paira sobre a sua cidade, quer saber quem é. Vai descobrir uma verdade tremenda. Esta é a tragédia do saber.


Ficha Técnica:
a partir de Sófocles
cenografia e figurinos Rita Lopes Alves
luz Pedro Domingos
música original Pedro Carneiro
espacialização e assistência musical André Sier
acompanhamento dramatúrgico José Pedro Serra
versão e encenação Jorge Silva Melo

com Diogo Infante, Lia Gama, Virgílio Castelo, António Simão, Cândido Ferreira, José Neves, António Banha, Pedro Gil, Américo Silva, André Patrício, Bernardo Almeida, Daniel Pinto, David Pereira Bastos, Elmano Sancho, Estêvão Antunes, Hugo Bettencourt, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, João Delgado, Joaquim Pedro, John Romão, Manuel Sá Pessoa, Miguel Telmo, Miguel Aguiar, Pedro Lamas, Pedro Luzindro, Pedro Cardoso, Pedro Mendes, Ricardo Batista, Ruben Tiago, Tiago Matias, Tiago Mateus, as crianças Beatriz Lourenço e Neuza Campos | Beatriz Monteiro e Margarida Correia | Inês Antunes e Inês Constantino e os músicos Ângela Carneiro, David Silva, Marco Fernandes (uff, acho que, tal como o desemprego entre os actores, terminei...)


A peça está no Teatro Nacional D. Maria II até ao dia 28 de Março. Recomendo!!

A deslocação até ao teatro foi diferente (dei descanso ao carro que já me levou a muitos locais maravilhosos) e desta vez fui até à praça do Rossio de Eléctrico 15. Adoro porque à noite são dos antigos e é bom ver que têm tanta procura, mas deveriam haver mais para não termos de fazer a viagem 'esmagados'.
O cálculo do tempo do percurso é que não correu muito bem...

A noite acabou com duas caipirinhas na rua do 'Rua' (e não no último acto, como seria espectável).

Algumas Imagens:




2 comentários:

andré morais disse...

bom espectáculo mas música insuportável...

Raimundinha disse...

É verdade que a parte musical não é muito conseguida. Com tanta versão que existe desta peça, há um esforço(não conseguido) de melhorá-la.
O Diogo Infante torna a peça memorável!