Rodrigo Leão - 20 de Março de 2010



Olá a todos!

Este é um post muito especial, pois voltei à minha "maternidade". Ao sítio onde me vieram buscar e onde comecei a viajar, a conhecer e a dar a conhecer!

A convite do Museu do Oriente, o Rodrigo Leão apresentou uma temporada especial de 'Os Pássaros de Pangim'. Foram estes os pássaros que Rodrigo gravou em Goa e que, depois, inspiraram o título de um dos temas do álbum 'A Mãe', mais um marco vitorioso numa carreira que só tem conhecido sentido ascendente.

Adoro a composição, a musicalidade, a cumplicidade dos músicos, as imagens da menina a rodar sem parar, o acordeão e a simpatia da Celina da Piedade, o violino e a entrega da Viviena Tupikova. É um excelente espectáculo.

A música embalou-me tanto que me esqueci de tirar fotos e há frases que me subsistem na cabeça... memorável!


Ay, abrázame esta noche
aunque no tengas ganas
prefiero que me mientas
tristes breves nuestras vidas
acércate a mí
abrázame a ti por Dios
entrégate a mis brazos


Link: Rodrigo Leão

Algumas imagens:



Rei Édipo - 19 de Março de 2010



Escrita por Sófocles por volta de 427 a.C., Rei Édipo foi considerada por Aristóteles o mais perfeito exemplo de tragédia.
No mito de Édipo, confrontamo-nos com as nossas perguntas sobre a identidade do poder, a ascensão e queda dos vitoriosos, a incerteza da vida, a relação entre o público e o privado, o desígnio do destino em oposição ao livre arbítrio.
Jorge Silva Melo apresenta uma nova versão desta tragédia que é uma das peças mais adaptadas e interpretadas em todo o mundo.

A peste atinge a cidade. E o Rei Édipo quer saber porquê. Juntam-se as gentes à porta do palácio. E o Rei vem ter com a multidão e diz:
"Nas ruas,
há gemidos, cantos fúnebres, lamentos.
Mas chora o quê a nossa cidade?
Que esperais?"


De pergunta em pergunta, de resposta em resposta, os enigmas vão caindo. Édipo quer saber. Quer saber que maldição paira sobre a sua cidade, quer saber quem é. Vai descobrir uma verdade tremenda. Esta é a tragédia do saber.


Ficha Técnica:
a partir de Sófocles
cenografia e figurinos Rita Lopes Alves
luz Pedro Domingos
música original Pedro Carneiro
espacialização e assistência musical André Sier
acompanhamento dramatúrgico José Pedro Serra
versão e encenação Jorge Silva Melo

com Diogo Infante, Lia Gama, Virgílio Castelo, António Simão, Cândido Ferreira, José Neves, António Banha, Pedro Gil, Américo Silva, André Patrício, Bernardo Almeida, Daniel Pinto, David Pereira Bastos, Elmano Sancho, Estêvão Antunes, Hugo Bettencourt, Hugo Samora, João Meireles, João Miguel Rodrigues, João Delgado, Joaquim Pedro, John Romão, Manuel Sá Pessoa, Miguel Telmo, Miguel Aguiar, Pedro Lamas, Pedro Luzindro, Pedro Cardoso, Pedro Mendes, Ricardo Batista, Ruben Tiago, Tiago Matias, Tiago Mateus, as crianças Beatriz Lourenço e Neuza Campos | Beatriz Monteiro e Margarida Correia | Inês Antunes e Inês Constantino e os músicos Ângela Carneiro, David Silva, Marco Fernandes (uff, acho que, tal como o desemprego entre os actores, terminei...)


A peça está no Teatro Nacional D. Maria II até ao dia 28 de Março. Recomendo!!

A deslocação até ao teatro foi diferente (dei descanso ao carro que já me levou a muitos locais maravilhosos) e desta vez fui até à praça do Rossio de Eléctrico 15. Adoro porque à noite são dos antigos e é bom ver que têm tanta procura, mas deveriam haver mais para não termos de fazer a viagem 'esmagados'.
O cálculo do tempo do percurso é que não correu muito bem...

A noite acabou com duas caipirinhas na rua do 'Rua' (e não no último acto, como seria espectável).

Algumas Imagens:




Os suspeitos do costume (I) - Cervejaria Trindade



Se há locais que gosto de conhecer e visitar, outros há que gosto de frequentar regularmente. Esta nova rubrica "Os suspeitos do costume" vai dar-vos a (re)conhecer alguns sítios bastante agradáveis.

Começo por aquela que é considerada a mais bela e antiga Cervejaria de Portugal, a Cervejaria Trindade. Está situada em pleno Bairro Alto, num antigo Convento da Santíssima Trindade, fundado em 1294 pelos Frades Trinos da Redenção dos Cativos, e é o local ideal para jantar (e quando o Alzheimer ataca por contágio directo, é uma excelente alternativa).

A imagem do espaço está marcada pelos painéis de azulejos datados de 1863, "Ferreira das Tabuletas", de autoria de Luís Ferreira.



As paredes estão ainda decoradas com painéis em mosaico de pedra pequeno de autoria de Maria Keil, inspirados na calçada portuguesa.



Para terminar, o molho da Trindade é uma maravilha e é a minha recomendação!

Link:
Cervejaria Trindade

Joana Vasconcelos no CCB - 7 de Março de 2010



Inaugurada no dia 1 de Março no Museu Colecção Berardo/CCB em Belém, a exposição retrospectiva de Joana Vasconcelos, intitulada "Sem Rede", dá a conhecer algumas das mais famosas peças como «A Noiva», o lustre feito com vinte mil tampões higiénicos, o sapato de tachos ou o espectacular «Sr. Vinho», um garrafão enorme feito em ferro forjado, peça já muito polémica na zona Oeste.



Gostei particularmente da peça «Coração Independente», feito de talheres de plástico translúcido pendurado no tecto de uma sala completamente negra e como fundo o fado de Amália Rodrigues.



O roadmovie que Joana Vasconcelos fez num triciclo motorizado, de Lisboa a Fátima, na véspera de um 13 de Maio está patente, bem como o dito veículo.

A obra www.fátimashop é uma paródia (à presença da imagem da Virgem em muitas casas portuguesas) do folclore nacional, com as suas nossa senhoras fosforescentes.




A exposição é fantástica e garanto-vos que as obras ao vivo têm outro impacto (em alguns casos, como no labiríntico Jardim do Éden, até podemos/devemos interagir com as obras). Recomendo-vos vivamente.

Algumas imagens:


Faz Figura - 2 de Março de 2010



Aproveitando a temporada do 'Restaurant Week', que se baseia na democratização do acesso à restauração de qualidade e numa ajuda simbólica a várias instituições sociais, fui jantar ao 'Faz Figura' (nome sugestivo, hein?!).

Renovado em 2007, conquistou um lugar de destaque no panorama dos restaurantes lisboetas pela sua localização e pela cozinha elaborada. Situado numa zona elevada de Lisboa, junto a Santa Apolónia, a sua varanda envidraçada é um autêntico e privilegiado miradouro sobre a cidade e o rio, com amplas vistas panorâmicas.
A comida estava óptima e com proporções adequadas ou até exageradas, visto que saí de lá bastante satisfeita.

Mais uma vez a minha orientação foi a salvação, porque todas as outras referências levavam-nos para o Bairro Alto, embora já lá tivesse estado algumas vezes.
Na viagem pude constatar que a "técnica" de alcatroar por cima da calçada está cada vez mais na moda. Querem destruir Lisboa (ou dar emprego a arqueólogos do futuro?!).

A noite foi animada e o espumante fez alguns estragos (eu mostrava-vos fotos, mas foram censuradas).

Alguns links:
Faz Figura
Lisboa Restaurant Week

Algumas fotos: